
A autora brasileira, feminista e muito apreciada na viragem do século XIX para o século XX, viu a sua obra injustamente apagada pela voragem do tempo. “A Falência” é o seu romance mais conhecido
A autora brasileira, feminista e muito apreciada na viragem do século XIX para o século XX, viu a sua obra injustamente apagada pela voragem do tempo. “A Falência” é o seu romance mais conhecido
Rui Lagartinho
É verão no Brasil: “O Rio de Janeiro ardia sob o sol de dezembro, que escaldava as pedras, bafejando um ar de fornalha na atmosfera. Toda a rua de São Bento, atravancada por veículos pesadões e estrepitosos, cheirava a café cru. Era hora de trabalho.” O ciclo do café como fonte de riqueza é o pano de fundo de “A Falência”, o mais conhecido romance de Júlia Lopes de Almeida, escritora brasileira bastante apreciada na viragem do século XIX para o século XX, mas cujo rasto a voragem do tempo apagou — injustamente.
A sua obra, em especial este romance que está longe de ser uma curiosidade histórica, merece ser conhecida. Trata-se de um livro tutelado por um realismo tardio, ou pelo novo naturalismo, o seu braço armado que vai cruzar o século com propostas mais radicais.
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