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Exposições: Os outros gatos de Teresa Pavão

Teresa Pavão sonhou construir uma instalação infinita de taças, provocando no espectador uma ideia do nunca acabar
Teresa Pavão sonhou construir uma instalação infinita de taças, provocando no espectador uma ideia do nunca acabar
António Jorge Silva

140 taças, postas sobre cinco mesas de ferro e agrupadas em famílias. O que é que isto tem a ver com gatos? Tudo

Exposições: Os outros gatos de Teresa Pavão

Ana Soromenho

Jornalista

Recolher, conter, juntar, fixar. Fixar a atenção no pormenor do que já esteve em uso para construir novos e belos objetos a partir da evocação do detalhe, do fragmento, da falha. Assim tem sido o caminho de Teresa Pavão que ao longo dos anos foi sedimentando no universo da cerâmica uma semântica muito particular. Nesta mostra na Fundação Carmona e Costa a artista regressa a um dos temas recorrentes do seu trabalho, a taça lisa enquanto contentor e suporte de construção e reflexão, mas neste caso a partir de um modo muito antigo de salvar peças de cerâmica quebradas ou rachadas, recuperando-as ao unir os pontos de rutura com pequenos agrafos metálicos. Na gíria da cerâmica a esta técnica chamam ‘gatos’ e eram os emuladores que os faziam. À artista sempre fascinaram os ‘gatos’, sempre os incorporou no seu trabalho.

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