
Em “De Muito Longe”, Margarida Jardim ilumina o escuro com gestos, dobragens, raspagens que não se veem, mas se adivinham. Na Galeria Monumental, em Lisboa
Em “De Muito Longe”, Margarida Jardim ilumina o escuro com gestos, dobragens, raspagens que não se veem, mas se adivinham. Na Galeria Monumental, em Lisboa
Crítico de arte
“De Muito Longe” vêm estes 11 papéis trabalhados por Margarida Jardim (n. 1955). Desenhos? “Des-pinturas”, como lhe chama, com toda a justiça, António Guerreiro em “Escavar no Escuro”, um belo texto de apresentação? Lâminas de papel kraft, a maior parte delas com escala humana, que nos dá a sugestão de um corpo a corpo da artista com o material, uma superfície negra que se vai alterando com intrusões de luz e sugestões de cor — alterando sem acrescentar nada, pois intervém pela erosão que resulta desse corpo a corpo, construindo superfícies vibráteis, sempre a mudar conforme muda a luz em cada sala.
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