Mr. Penn ensinou-nos a reparar, a admirar os contornos dos objetos, olhar nos olhos dos grandes intelectuais e artistas do século XX. Um clássico por definição, foi o “cool minimalista” da fotografia de moda, como tão bem o definiu o “The New York Times”, e atravessou o século XX retratando-o a luz e sombras, força e fragilidade, inabalável numa estética depurada e elegante que inspirou tantos depois de si. A ideia foi celebrá-lo e “contar todas as suas histórias”, diz Jeff L. Rosenheim, um dos comissários da exposição, apoiado por Joyce Frank Menschel, responsável pela fotografia no Met de Nova Iorque. Organizou “de forma mais ou menos cronológica” mais de 160 fotografias e peças únicas, e recosta-se, visivelmente orgulhoso, na esplanada do café e livraria do museu, de frente para o mar. Esta é uma pequena parte do espólio que a Fundação Irving Penn doou ao Met, onde cintilam as diferentes facetas da sua prolífica obra. Compreende a sua carreira, de finais da década de 30 aos primeiros anos do século XXI, que o viu desaparecer.
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