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Exposições: Alegre ou séria, Ofélia Marques está aqui

“E não será a autora também de se lhe tirar o chapéu?”: o espírito bem-disposto de Ofélia Marques neste autorretrato
“E não será a autora também de se lhe tirar o chapéu?”: o espírito bem-disposto de Ofélia Marques neste autorretrato

“Retrato do Retrato”, no Museu Arpad Szenes-Vieira da Silva, em Lisboa, mostra cerca de meia centena de desenhos de Ofélia Marques, ilustradora e pioneira da banda desenhada em Portugal

Exposições: Alegre ou séria, Ofélia Marques está aqui

José Luís Porfírio

Crítico de arte

Ofélia Marques (1902-1952) é sobretudo conhecida como ilustradora, desenhadora, pioneira da banda desenhada em Portugal, tendo deixado um rasto de obra simpático, divertido muitas vezes, de comunhão por uma infância pessoalmente assumida e transmitida às suas amigas e amigos, que reinventou como crianças: Carlos Queiroz, Sarah Afonso, António Dacosta, Merícia de Lemos, Fernanda de Castro, Eva Arruda Macedo, Abel Manta, Adolfo Casais Monteiro, Manuel Mendes, etc., gente de cultura e de gosto apurado incluindo alguns nomes de opositores à ditadura. Há na referência a Ofélia uma memória de imagens amáveis, incluindo também figurações eróticas homossexuais conhecidas tardiamente mas igualmente de amável figuração. O seu nome está ligado a uma geração modernista e, dentro dela, à pessoa e obra de Bernardo Marques (1898-1962), seu marido, ilustrador também, desenhador singular numa geração de compromisso com obras que por vezes mereceram o epíteto de “português suave”.

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