
Num tempo de seca extrema, a presença portuguesa na Bienal de Arquitetura de Veneza é organizada à volta da ideia de futuros férteis e propõe cenários para resolver os graves problemas de hoje
Num tempo de seca extrema, a presença portuguesa na Bienal de Arquitetura de Veneza é organizada à volta da ideia de futuros férteis e propõe cenários para resolver os graves problemas de hoje
Há duas décadas começava a encher-se em Alqueva o maior lago artificial da Europa Ocidental. Com a subida das águas, cresciam as esperanças alicerçadas em sonhos feitos de tempos tão risonhos, quanto prósperos. A realidade tende demasiadas vezes a frustrar os futuros imaginados. Nestes 21 anos assistiu-se a um gigantesco exercício de transformação da paisagem, com frequência apresentado como exemplar, mas responsável por um exponencial desenvolvimento do agronegócio, com acentuada sobre-exploração e contaminação dos solos. As populações locais deparam-se agora, à sua volta, com um olival intensivo responsável pela degradação dos solos em função do uso desmesurado de fitofármacos. Passam por aqui questões centrais sobre o futuro e a sustentabilidade do planeta, tal como as pretende equacionar a 18ª Exposição Internacional de Arquitetura — La Biennale di Venezia, a decorrer em Itália de 20 de maio a 20 de outubro.
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