
Os seus animais estão mais pequenos e discretos, mas também menos afáveis. Em “Evilution”, a sua primeira exposição a solo nesta década, a natureza enfrenta o predador. É Bordalo II a solo, inquieto
Os seus animais estão mais pequenos e discretos, mas também menos afáveis. Em “Evilution”, a sua primeira exposição a solo nesta década, a natureza enfrenta o predador. É Bordalo II a solo, inquieto
Um dia teria de acontecer. Bordalo II, que é conhecido sobretudo pelas esculturas vistosas e de grande porte, cansou-se dos seus animais de plástico. Não é que tenham desaparecido completamente — até porque continua a incorporá-los no seu trabalho e são “as peças mais requisitadas pelo público”. Os animais ficaram, mas agora são mais pequenos e discretos, mais brutos, talvez menos afáveis também, e feitos de materiais que o artista nunca tinha utilizado, como a madeira e a pedra. De resto, o propósito é o mesmo de sempre, embora acompanhado de um certo pessimismo: alertar para o excesso de produção e consumo, de que resultam resíduos com grande impacto no ambiente. “Os efeitos das alterações climáticas são reais e manifestam-se no presente”, afirma em entrevista ao Expresso.
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