“Território Translúcido”, de Rui Horta Pereira. O prazer de ver e o prazer de entender

Se há trabalho onde o processo, que não se vê, é tão fascinante quanto o resultado, é este “Território Translúcido”. Quando entramos no espaço das Salgadeiras podemos ver tudo, mas não sabemos nada: grandes desenhos, na parede ou em cavaletes sumários no centro da sala, em contraponto com peças transparentes e tridimensionais, colocadas à parede sobre prateleiras muito simples. Um primeiro olhar descobre ou adivinha uma relação entre os desenhos sobre papel e as peças transparentes que são tubos cilíndricos em resina; surge de imediato, uma pergunta qual a relação ente uns e outros? Será que os tubos que, como Ana Matos sugere na folha de sala, lembram claramente os rolos assírios de impressão de imagens e escritas cuneiformes, são a matriz?

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