
Um filme-súmula que confirma o que já vínhamos pressentindo desde “24 City”: o enquistamento da obra de Zhangke numa série de clichés, numa estética da ruína destinada ao consumo dos frequentadores dos grandes festivais ocidentais
Um filme-súmula que confirma o que já vínhamos pressentindo desde “24 City”: o enquistamento da obra de Zhangke numa série de clichés, numa estética da ruína destinada ao consumo dos frequentadores dos grandes festivais ocidentais
O novo Zhangke pode ser lido como uma tentativa de sumariar dois processos simultâneos: o processo político de liberalização da China e o processo estético de constituição da própria obra do cineasta, que, desde o início, tem vindo a interrogar a situação paradoxal de um país onde o legado comunista convive com as práticas capitalistas. Aqui, essa interrogação assume a forma de uma revisitação: não só porque o seu objeto é o mesmo, mas também porque, em duas das suas três partes, “Marés Vivas” se alimenta do material que ficou dentro ou fora da montagem final dos anteriores trabalhos de Zhangke.
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