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Cinema: “Bird”, o filme apunkalhado que sabe voar

O irlandês Barry Keoghan é um dos protagonistas de “Bird”
O irlandês Barry Keoghan é um dos protagonistas de “Bird”

Estreia. Em “Bird”, Andrea Arnold pede-nos que acreditemos em homens-pássaros. E consegue

Boleia até Gravesend, junto ao Tamisa, dos bairros sociais onde há um flagelo de tráfico de droga, famílias entregues ao alcoolismo e uma alta taxa de parentalidade adolescente. É aqui que a realizadora de “American Honey”, Andrea Arnold, nos transporta numa fábula sobre uma menina de 12 anos com um pai demasiado jovem, uma mãe vítima de abusos e irmãos problemáticos. Fábula? Sim, a dada altura a câmara apresenta-nos Bird, um misterioso homem errante. Será um vagabundo ou alguém que tem asas e pode voar? Muito antes de entrarmos nesta ideia de comunidade, com muitos planos de trotineta, música de Blur e Fontaines D.C. e a exposição do falhanço social da Inglaterra pós-Brexit, “Bird” pede-nos disponibilidade para aceitar uma colagem ao real que se faz com aquilo que não é real, precisamente a dádiva do cinema. Trocado por miúdos: pede-nos para acreditar em homens-pássaros.

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