
"A Presença”, de Steven Soderbergh, tinha tudo para poder confiar no sobrenatural, mas não consegue levar ao fim esse desejo
"A Presença”, de Steven Soderbergh, tinha tudo para poder confiar no sobrenatural, mas não consegue levar ao fim esse desejo
Incansável a mudar de estilo, a testar variantes tecnológicas e a erguer filmes de baixo orçamento em liberdade absoluta, Steven Soderbergh chega finalmente ao ghost movie em câmara subjetiva. Isto é: o ponto de vista de “A Presença” é o do fantasma a que o título se refere. E o que assombra o cineasta pela pluma do experiente guionista David Koepp? Uma família de classe média-alta, Chris (Chris Sullivan) e Rebecca (Lucy Liu), que aluga e se muda com os filhos adolescentes, Tyler (Eddy Maday) e Chloe (Callina Liang), para uma casa que mete medo. O fantasma já lá estava desde o início. Da casa só sairemos no fim e tudo o que a audiência vê é o que o fantasma vê. Mas há mais a dizer além deste convite voyeurista, bem como da trama thrillesca que começa a instalar-se sem darmos conta dela.
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