
Em “A Ilha Vermelha”, de Robin Campillo, a descolonização é vista pelos olhos de um miúdo francês na Madagáscar dos anos 70. “Tudo o que acontece à personagem aconteceu-me a mim”, disse-nos o realizador, cujo pai for sargento da aviação francesa
Em “A Ilha Vermelha”, de Robin Campillo, a descolonização é vista pelos olhos de um miúdo francês na Madagáscar dos anos 70. “Tudo o que acontece à personagem aconteceu-me a mim”, disse-nos o realizador, cujo pai for sargento da aviação francesa
Depois do fabuloso retrato da Act Up e das lutas políticas nos anos da sida em “120 Batimentos por Minuto”, o francês Robin Campillo levou algum tempo a realizar uma nova longa-metragem e, à medida que os anos passaram, foram crescendo as expectativas. “120 Batimentos...” fora o acontecimento de Cannes 2017 e seis anos depois, mal se soube que o novo trabalho de Campillo estava pronto, todos o esperaram na Croisette. Mas “A Ilha Vermelha” não foi selecionado por Cannes 2023. Começou desde logo a ser mal-amado ou, pelo menos, mal compreendido. O compromisso político vibrante da obra anterior cedera agora espaço a outro filme de época em que as memórias pareceram muito mais fantasiadas, tal como o retrato do termo de um período colonial que Campillo filmou como uma última ilusão.
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