
Ao casar dois super-heróis que estão como a água para o azeite, a Marvel faz troça de uns quantos e também se parodia a si própria. E apresenta aquele que é, provavelmente, o filme com mais “fucks” da história da Marvel
Ao casar dois super-heróis que estão como a água para o azeite, a Marvel faz troça de uns quantos e também se parodia a si própria. E apresenta aquele que é, provavelmente, o filme com mais “fucks” da história da Marvel
Juntar o desbocado Deadpool (Ryan Reynolds), ele que se autointitula o Jesus da Marvel e tem queda para a má-língua com “piadas indelicadas e brincadeiras anais” (estamos a citar o filme ipsis verbis), ao magoado e sorumbático Wolverine (Hugh Jackman), o mais trágico e denso super-herói dos X-Men, só podia dar origem a coisa destravada, com predominância do humor do primeiro sobre a tristeza do segundo. Isto é: com a farra a sobrepor-se ao drama. De facto, “Deadpool & Wolverine” é, tecnicamente, uma sequela de “Deadpool” (2016) e “Deadpool 2” (2018), que começou a ser desenvolvida pela 20th Century Fox antes de o estúdio ter sido comprado pela Disney (em 2019) e que, entretanto, ficou em suspenso até agora, até porque houve uma pandemia. Deadpool não aparece em primeiro no título por acaso, embora divida o protagonismo com o herói das garras afiadas.
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