Foi o filme que levou discussão a Cannes, foi o filme que pôs o grande público espanhol a ver cinema de autor. Chama-se “Sirât” e é a nova obra de Oliver Laxe, cineasta punk rocker que antes já tinha deslumbrado com “O Que Arde”, conto silencioso sobre o regresso de um pirómano à sua pequena aldeia na Galiza. Era já um golpear às perceções do espectador. Agora, esse golpear tem direito a um upgrade — somos, mais do que retirados do nosso conforto, questionados sobre a questão do nosso lugar enquanto espectadores numa obra que confronta a zona da ética humana num mundo a desaparecer.
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