Duas casas unifamiliares. Dois momentos. Dois tempos. Uma abre a exposição “O Que Faz Falta — 50 Anos de Arquitetura Portuguesa em Democracia”, patente na Casa da Arquitectura, em Matosinhos. A outra surge no final do percurso expositivo. A primeira foi construída entre 1971 e 1974 em Caminha. Chama-se “Vill’Alcina”, é assinada por Sérgio Fernandez e impõe-se como uma referência absoluta da arquitetura contemporânea portuguesa. No outro extremo, de novo a ideia de casa na proposta contemporânea de “Six Houses and a Garden” (2017-2019), do Fala Atelier, no âmbito de um projeto apostado em resolver a precariedade das habitações nas mais de mil “ilhas” do Porto. Separa-as, não apenas o conceito, o uso, o tempo cronológico e geracional, como todo um universo, sociológico, cultural, político.
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