Eis a espada do rei D. Dinis: estará resolvido o mistério de Odivelas?

Sete séculos separam o ano da morte do rei D. Dinis e o dia em que a espada consigo sepultada foi desenterrada do seu túmulo, no Mosteiro de Odivelas, fundado pelo próprio
Sete séculos separam o ano da morte do rei D. Dinis e o dia em que a espada consigo sepultada foi desenterrada do seu túmulo, no Mosteiro de Odivelas, fundado pelo próprio
A espada de D. Dinis, que até à passada segunda-feira se julgou desaparecida, foi retirada do túmulo do rei, localizado no Mosteiro de Odivelas. Segundo um comunicado da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), aquilo que se prevê é que a espada seja agora restaurada e estudada, atentando à sua integridade e preservação histórica.
É no Mosteiro de S. Dinis e S. Bernardo, também conhecido como Mosteiro de Odivelas, que está o corpo de D. Dinis, o rei ‘Lavrador’ e primeiro a ser sepultado numa igreja – numa última tentativa de afirmar o poder da coroa. Fez-se acompanhar de uma espada que, desde o ano da sua morte, em 1325, permaneceu na sepultura para ser agora desenterrada, quase setecentos anos depois. “Apesar de ter a ponteira destacada”, ressalva a DGPC, encontra-se “em bom estado de conservação”.
O Mosteiro ficou significativamente destruído pelo terramoto de 1755. Entre 1900 e 2015 funcionou naquele espaço o Instituto de Odivelas, No ano seguinte, DGPC deu início a uma campanha de intervenção para a sua conservação e restauro.
Ao abrir o túmulo, “através da inspeção radiográfica, foi identificada uma espada”. Deparando-se com a descoberta, a equipa técnica, constituída através de uma parceria entre a DGPC e a Câmara Municipal de Odivelas, viu-se perante a avaliação dos diversos cenários relativamente à “permanência ou levantamento” da espada.
Do estudo deliberativo concluiu-se a “impossibilidade de garantir a integridade do contexto funerário” caso a espada permanecesse intangível. A decisão recaiu, por isso, sobre o seu levantamento, procedendo-se agora ao estudo e à restauração da peça.
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