Com Lisboa a receber de volta os turistas e com filas de pessoas à porta, esta segunda-feira, a casa que abriga o tesouro do ouro português encerrou aos visitantes. Durante quatro anos só entram funcionários e investigadores. Esperam-nos a enorme empreitada de reconstruir por dentro uma das instituições mais visitadas do país, que vai permitir ver peças nunca antes expostas em Portugal, com destaque para a criança do Lapedo, um fóssil com cerca de 25 mil anos
O Dia Internacional do Monumento coincidiu com o primeiro dia do encerramento para visitantes do Museu Nacional de Arqueologia (MNA). Em Belém, as portas laterais dos Jerónimos fecharam-se para as enormes filas de turistas e de portugueses que querem conhecer desde a maior coleção nacional de múmias à joalharia antiga, desde os primórdios da metalurgia até à Alta Idade Média, ou o maior acervo egiptológico do país.
"Tenho de ter a consciência tranquila de que tudo farei para cumprir esta missão da forma mais empenhada. Todos os nossos esforços estão concentrados na execução deste plano de renovação", explicou ao Expresso o diretor do MNA, António Carvalho.
Em 70 anos nunca o MNA passou por obras de fundo e este é considerada uma oportunidade única que permitirá criar espaço expositivo em instalações que nunca foram devidamente preparadas para acolher o enorme acervo do museu, grande parte do qual, inacessível aos visitantes por se encontrar guardado nas reservas da instituição.
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