Nascido em plena II Guerra Mundial e nos idos do Estado Novo, Basílio Adolfo de Mendonça Horta da Franca fez, no final de 2023, 80 anos de vida. Antes de o ano virar, cairia dentro de casa e levaria 18 pontos na testa, mas a queda não o manda abaixo e rapidamente se restabelece. No mesmo ano, foi operado à anca e regressou ao trabalho, como autarca em Sintra, cinco dias depois. “Nunca perdi uma reunião de Câmara”, brinca. Não usa bengala e ainda adora conduzir. Foi membro da Comissão Central da União Nacional durante a Primavera Marcelista, em 1969, que seria a sua primeira aventura — e a sua primeira derrota — na política. O regime não abriu e, de seguida, cairia. Andou a cavalo com Craveiro Lopes, que lhe emprestava o carro — um Triumph — para passeatas. Não foi feliz no Colégio Militar, recusando “pendurar a personalidade no cabide, junto à porta”. É fundador da CIP, no 1974 do 25 de Abril, e do CDS. Vive dois cercos — o da Constituinte e o do Palácio de Cristal — e lembra-se bem de ambos. “Sem estrangeiros no Congresso, teriam entrado por ali adentro.”
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