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Direita radical: Um vírus para o século XXI?

Direita radical: Um vírus para o século XXI?
TIAGO PETINGA/LUSA

Nasce, cresce e espalha-se, como por contágio. A direita radical ganhou espaço em Portugal, onde o Chega cresceu em dois anos e meio. Mas está consolidada em quase toda a Europa há anos. Como lidar com ela? Experiências europeias mostram que não há respostas certas

Ainda estávamos nas primeiras notas e já o novo presidente da Assembleia da República (AR) mostrava como quer a música. “Todas as ideias podem ser aqui trazidas, mesmo as que contestam a democracia, porque essa é a mais óbvia vantagem da democracia sobre a ditadura.” Sem apontar nomes, Augusto Santos Silva tinha um alvo claro. “O único discurso sem lugar aqui é o discurso do ódio.”

O tom é menos reativo que o do antecessor, Ferro Rodrigues, que chegou a avisar o deputado André Ventura que este abusava da palavra “vergonha”. Na nova composição do Parlamento, o líder do Chega não só não abdica da palavra como ela veio, logo no primeiro dia, acompanhada pelo aplauso de dez homens e uma mulher de máscaras desenhadas com a bandeira nacional. Santos Silva ignorou. Mas nem duas semanas depois, quando Ventura ensaiava o discurso sobre “os ciganos”, tirou-lhe a palavra. A linha ficou traçada.

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