A guerra na Ucrânia parece entrar numa nova fase. Há um recuo das tropas russas à volta da capital, Kiev, e cresce a pressão no sul do país. O Presidente ucraniano discute a invasão, os combates e o estreito caminho para a paz
Zanny Minton Beddoes e Arkady Ostrovsky/“The Economist”, em Kiev
No dia 25 de março de 2022, o Presidente da Ucrânia falou pessoalmente ao “The Economist” no que ele e os seus funcionários se habituaram a chamar de “fortaleza”. Aqui estão os destaques dessa conversa — que fluiu livremente entre inglês, ucraniano e russo. Foi editada, para uma maior clareza.
É ator e Presidente. Agora chamam-no de Churchill do século XXI. É uma mudança extraordinária. Como é que isso aconteceu?
Penso que estas mudanças já tinham acontecido na Ucrânia quando fui eleito. Era o que [as pessoas] queriam. Viram a minha posição honesta em relação a tudo. Como dizem os pais, se não souberes fazer algo desta maneira ou daquela maneira, basta seres honesto. Tens de ser honesto, para que as pessoas acreditem em ti. Não é necessário tentar. Tens de ser tu mesmo. E talvez, depois de mostrares quem és, talvez as pessoas te amem mais do que antes, porque veem que não és assim tão forte e às vezes, até és preguiçoso. Não, não mintam e mostrem às pessoas exatamente como são. E é importante não mostrar que és melhor do que aquilo que és na verdade.
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