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Aumentam as queixas por agressão a professores, mas sindicato alerta que é a “ponta do icebergue”

O ministério da Educação reforça que são as competências de português, “variante europeia”, que estão em causa nos exames
O ministério da Educação reforça que são as competências de português, “variante europeia”, que estão em causa nos exames
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Este ano letivo, a GNR registou 32 queixas e identificou 39 pessoas por agressões a professores, enquanto em 2022/23 recebeu 18 queixas e o mesmo número de pessoas identificadas

As agressões a professores estão a aumentar, indica o movimento Missão Escola Pública, citando dados da GNR. O ano letivo de 2023/24 registou quase o dobro das queixas (32) e superou esse patamar (39) em termos de pessoas identificadas, avança o Jornal de Notícias. Em 2022/23 houve 18 queixas e o mesmo número de pessoas identificadas

O maior número de queixas de pessoas identificadas foi nos distritos de Setúbal, Braga e Faro, segundo a GNR. Cristina Mota, presidente do Missão Escola Pública, garante que “as escolas camuflam muitos casos” na tentativa de resolver a situação sem recorrer às autoridades. Defende ainda o regresso dos vigilantes às escolas, assim como “mais patrulhamento" e a entrada da polícia nas escolas.

Em 2022/23, a PSP tinha registado 6821 ocorrências no âmbito do programa Escola Segura, das quais 5380 eram de natureza criminal, segundo o último Relatório Anual de Segurança Interna. Este valor representa um aumento de 16,1% em relação ao ano letivo anterior.

Em maio, o Governo anunciou que vai classificar como crime público as agressões contra funcionários públicos, entre os quais professores e funcionários não docentes, além de isentar de custas judiciais para as vítimas. Júlia Azevedo, presidente do Sindicato Independente dos Professores e Educadores, lembra que estas medidas são cruciais, considerando que as queixas reportadas às autoridades são apenas “a ponta do icebergue”.

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