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Ministério da Educação vai lançar “nos próximos dias” campanha de sensibilização para docentes aposentados darem aulas

Ministério da Educação vai lançar “nos próximos dias” campanha de sensibilização para docentes aposentados darem aulas

O ministro Fernando Alexandre também se compromete com a revisão da carreira dos professores (no período máximo de um ano) e com a apresentação do Plano de Recuperação de Aprendizagens, no próximo mês, o qual investirá em medidas reforçadas para alunos filhos de imigrantes

O ministro da Educação anunciou que, “nos próximos dias”, será lançada uma “campanha de sensibilização dos docentes à beira da aposentação ou já aposentados para que ajudem a resolver o problema dos alunos sem aulas”. Em entrevista ao jornal “Público”, Fernando Alexandre refere que o número potencial de professores naquela situação é “significativo” e que tudo se trata de uma “questão de gestão”. O objetivo é reduzir os 20 mil alunos que, no ano passado, não tiveram aulas a pelo menos uma disciplina no primeiro período.

No entanto, o governante admite que ainda não há números: “O que os serviços nos dizem é que já houve professores, quer aposentados quer ainda na carreira, que manifestaram esse interesse. No caso dos aposentados, é o diretor da escola que vai convidar os professores que conhece, que eram bons professores, motivados, em boa forma.”

O mesmo se aplicará a estudantes de doutoramento: “Já podem dar aulas no ensino superior até quatro horas, depois do primeiro ano de doutoramento. Aquilo que estamos a abrir é a possibilidade de fazerem essa colaboração com escolas secundárias ou do ensino básico”. De acordo com Fernando Alexandre, o Governo já recebeu “manifestações de muitos bolseiros agradados com essa possibilidade”.

Fernando Alexandre adiantou ainda, em entrevista, que o Plano de Recuperação de Aprendizagens vai ser apresentado no próximo mês, com uma grande aposta em medidas reforçadas para alunos filhos de imigrantes e reforço do número de mediadores culturais.

Já a revisão da carreira dos professores “deve estar pronta num ano​”, afirmou o ministro, argumentando que “os concursos de colocação dos docentes devem ser mais simples”. O governante admite mesmo que a mudança anual de milhares de professores dos quadros que querem aproximar-se de casa deve ser "reavaliada". A ideia não é acabar com o concurso centralizado, mas dar progressivamente mais autonomia às escolas para que possam contratar, como já acontece com as substituições pontuais.

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