O Governo quer restringir o acesso às urgências dos hospitais apenas a pessoas com doenças consideradas graves, segundo avança esta quinta-feira o jornal Público.
De acordo com um projeto de portaria do Ministério da Saúde, que vai ser colocado em consulta pública durante 30 dias, as pessoas com doenças mais ligeiras, que cheguem às urgências pelo seu próprio pé e forem triadas com pulseiras verdes ou azuis, passam a ser encaminhadas para consultas, no mesmo dia ou no dia seguinte, num centro de saúde ou num hospital de dia.
Se a medida avançar nos moldes que o Ministério da Saúde e a Direcção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) delinearam, é estipulado que os doentes, para poderem ser atendido na urgência, terão de ser previamente referenciados pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes do INEM, pelo SNS24, pelos cuidados de saúde primários, por um médico com “informação clínica assinada” ou por outra instituição de saúde.
O projeto de diploma obriga a que os adultos até 70 anos (sem incluir crianças e adolescentes ou pessoas mais idosas) que cheguem às urgências sem referenciação prévia, terão que ligar primeiro para o SNS24 (808 24 24 24), dentro do próprio hospital, onde lhes será disponibilizado “um telefone instalado no local” para esse efeito, segundo explicita o Público.
E no caso de não ser possível o encaminhamento do utente através do SNS24, este será sempre inscrito no serviço e avaliado na triagem - mas se receber uma pulseira azul ou verde não será atendido pelos médicos de urgência, sendo encaminhado para uma consulta num centro de saúde ou hospital de dia.
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