A secretária pessoal de João Neves, que abandonou o cargo de secretário de Estado da Economia após ter sido demitido por António Costa, está a ser acusada de quatro crimes de corrupção passiva, noticia o “JN”.
De acordo com o Ministério Público, Teresa Saraiva terá alegadamente recebido quatro estadias em hotéis e queijos da serra, em troca de favores a Gumercindo Lourenço, empresário de Viseu ligado à hotelaria e à construção civil.
O MP suspeita que, “pelo menos desde 2014, Gumercindo Lourenço ofereceu e deu, efetivamente, à arguida e a terceiros, por indicação daquela, vantagens patrimoniais, como forma de retribuir a sua atuação, nomeadamente, através da aceleração, simplificação e agilização dos procedimentos, e, dessa forma, interferindo e influenciando a tomada de decisões, não só no Ministério da Economia, mas também noutras entidades, como o Instituto do Turismo de Portugal e a Direção-Geral de Energia e Geologia”.
O MP defende que, apesar de Teresa Saraiva não ter “poderes decisórios, tinha a capacidade de interferir e influenciar a tomada de decisões de procedimentos relacionados com o grupo empresarial liderado pelo arguido” em vários casos de corrupção, Gumercindo Lourenço.
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