Padre de Guimarães abandona funções por ter abusado da irmã menor

Padre confirmou o crime incestuoso. MP não determinou a abertura de investigação porque o caso já tinha ocorrido há “quase meio século”
Padre confirmou o crime incestuoso. MP não determinou a abertura de investigação porque o caso já tinha ocorrido há “quase meio século”
Um padre que exerceu quase sempre funções em Guimarães foi alvo de processo canónico por ter abusado sexualmente da irmã nos finais dos anos 70. Na altura, de acordo com o “Correio da Manhã”, a mulher era menor de idade. O pároco foi destituído pelo Vaticano da função sacerdotal.
A queixa foi apresentada em fevereiro de 2015. Segundo o mesmo jornal, a irmã que terá sido violada pelo padre manteve o silêncio porque o padre lhe tinha prometido manter a castidade até ao fim dos seus dias. No entanto, no fim de 2014, descobriu que o padre (com 68 anos) mantinha um relacionamento com uma mulher 18 anos mais nova.
O atual bispo emérito de Braga, D. Jorge Ortigão, registou a queixa e confrontou o sacerdote com as acusações. Este confirmou o crime incestuoso e solicitou o abandono do sacerdócio. D. Jorge Ortigão comunicou o caso ao Ministério Público (MP). No entanto, o MP não determinou a abertura de investigação porque o caso já tinha ocorrido há “quase meio século” e, por isso, o eventual crime estava prescrito.
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