
Risco de pobreza em Portugal no nível mais baixo desde que há registo
O risco de pobreza desceu quase todos os anos, desde 2003, salvo durante o período da troika; em 2013 e 2014, este indicador abarcava 19,5% da população
O risco de pobreza desceu quase todos os anos, desde 2003, salvo durante o período da troika; em 2013 e 2014, este indicador abarcava 19,5% da população
Em 2017, o risco de pobreza atingia 17,3% dos residentes em Portugal, a taxa mais baixa desde que este indicador é tratado. Em 2003, um quinto dos habitantes estavam abaixo do limiar da pobreza, avança o “Diário de Notícias” esta quinta-feira.
Segundo dados divulgados pela Pordata, o risco de pobreza desceu quase todos os anos, desde 2003, salvo durante o período da troika: em 2013 e 2014, quando este indicador abarcava 19,5% da população.
O número de beneficiários de RSI atingiu em 2018 o valor mais baixo desde 2006, com 282 mil beneficiários. Destes, metade são mulheres (51,3%) e dois em cada cinco têm menos de 25 anos.
Correm o risco de pobreza aqueles cujos rendimentos fiquem abaixo do limiar da pobreza. É considerado pobre quem tem um rendimento mensal inferior a 460 euros.
Na União Europeia (UE) havia, em 2018, 21,7% de pessoas em risco de pobreza, com Portugal alinhado na média (21,6%), mas recuando mais do dobro da UE (4,4 pontos percentuais) face a 2008, segundo o Eurostat.
Na UE, o recuo da taxa de pessoas em risco de pobreza ou de exclusão social foi de dois pontos percentuais, face ao ano de referência (2008), de acordo com os dados hoje divulgados pelo gabinete estatístico europeu.
Mais de um quarto da população estava, no ano passado, em risco de pobreza em sete Estados-membros: Bulgária (32,8%), Roménia (32,5%), Grécia (31,8%), Letónia (28,4%), Lituânia (28,3%), Itália (27,3%) e Espanha (26,1%).
No outro extremo da tabela, as menores taxas de pessoas em risco de pobreza ou de exclusão social foram observadas na República Checa (12,2%), na Eslovénia (16,2%), na Eslováquia (16,3%, segundo dados de 2017), na Finlândia (16,5%), na Holanda (16,7%), na Dinamarca e França (17,4% cada) e na Áustria (17,5%).
Considerando os três elementos que definem o risco de pobreza, o Eurostat indica que 16,9% da população da UE estava em perigo mesmo sendo beneficiária de subsídios sociais (17,3% em Portugal), 5,8% estavam em risco de privação material severa (6,0% em Portugal) e 9,0% viviam em agregados familiares com baixa intensidade de trabalho (7,2% em Portugal).
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