CMVM avança com acusação contra a KMPG devido à queda do BES
reuters
Está em causa todo o processo de auditoria da KPMG ao BES, até 2014, ano em que o banco foi alvo de uma medida de resolução.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) vai avançar com um processo contra a KPMG, tendo por base indícios de que a auditora cometeu falhas de fiscalização no Banco Espírito Santo (BES), avança o “Jornal de Negócios” esta quarta-feira.
Segundo o matutino, está em causa todo o processo de auditoria da KPMG ao BES, até 2014, ano em que o banco foi alvo de uma medida de resolução.
Após receber os fundamentos da pré-decisão do regulador, a KPMG tem agora um período de defesa e só mais tarde virá a decisão final, que pode determinar o arquivamento do processo ou a condenação. Será nesse momento que as coimas serão definidas. De acordo com a Lei 148/2015, estas podem ir de 2.500 a 5 milhões de euros.
No caso de uma decisão negativa para a auditora, pode ainda haver lugar a uma impugnação em tribunal. Contactadas pelo “Negócios”, a KPMG e a CMVM não quiseram comentar.
Esta não é a primeira vez que a KPMG é processada devido à queda do BES. O Banco de Portugal tem também uma acção judicial a correr contra a auditora - focado sobre sobretudo no caso do BES Angola (BESA).
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