Número de cirurgias em atraso duplicou em quatro anos
Desde o início do ano, a situação tem vindo a agravar-se. Em janeiro de 2019, 42.514 doentes estavam à espera há mais tempo do que deviam. Já no primeiro mês de 2018 eram 33.369
Desde o início do ano, a situação tem vindo a agravar-se. Em janeiro de 2019, 42.514 doentes estavam à espera há mais tempo do que deviam. Já no primeiro mês de 2018 eram 33.369
Não é só uma percepção social, o número de cirurgias em atraso tem vindo a aumentar durante a legislatura de António Costa. Em março deste ano, 45.183 pessoas tinham operações agendadas cujo tempo de resposta máximo já havia sido ultrapassado. Este número, que representa 18,5% do total de doentes inscritos no Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), é quase o dobro do registado em janeiro de 2015. Segundo o “Público” esta quarta-feira, só 10,6% dos utentes estavam nesta situação há quatro anos.
Desde o início do ano, a situação tem vindo a agravar-se. Em janeiro de 2019, 42.514 doentes estavam à espera há mais tempo do que deviam. Já no primeiro mês de 2018 eram 33.369.
De acordo com Alexandre Lourenço, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), as greves do ano passado — o número dias em que os profissionais de saúde estiveram ausentes passou de 38 mil em 2015 para 72 mil em 2018 — foram um dos fatores a ter impacto nos atrasos em cirurgia.
Segundo o matutino, no final de março deste ano, o Hospital Garcia de Orta, o Centro Hospitalar Tondela-Viseu, o Instituto Português Oncologia (IPO) de Lisboa e o IPO do Porto eram os que tinham uma maior percentagem de doentes a esperar mais tempo do que o ideal por cirurgias — entre os 31% e os 38%.
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