Em quinze anos, Deloitte só alertou para exposição da Caixa ao BCP
De acordo com a auditoria da EY à gestão da Caixa, a aposta do banco público no BCP acabou por ser a mais “penosa” financeiramente: perdeu 559 milhões de euros
De acordo com a auditoria da EY à gestão da Caixa, a aposta do banco público no BCP acabou por ser a mais “penosa” financeiramente: perdeu 559 milhões de euros
Entre 2002 e 2017, a Deloitte, auditora da Caixa durante esse período de quinze anos, fez apenas um alerta sobre as matérias analisadas pela EY quanto aos créditos concedidos sem garantias, que resultaram em perdas para a CGD. Mais: o aviso não incidiu sobre os créditos concedidos, mas apenas sobre as participações detidas no BCP e na EDP, avança o “Jornal de Negócios” esta quarta-feira.
“No exercício de 2004, a CGD registou por contrapartida de reservas e resultados transitados provisões para a totalidade das menos-valias potenciais nas suas participações financeiras no Banco Comercial Português e na na EDP – Eletricidade de Portugal”, lê-se na auditoria da Deloitte, datada de 2004.
De acordo com a auditoria da EY à gestão da Caixa, a aposta do banco público no BCP acabou por ser a mais “penosa” financeiramente: perdeu 559 milhões de euros.
Apesar de a participação na EDP também ser referida no alerta da Deloitte, o caso da elétrica foi diferente do do banco privado. Isto porque a Caixa conseguiu registar ganhos com o investimento. Segundo a EY, a CGD obteve, entre 2004 e 2013, ganhos reais de 248 milhões de euros e recebeu dividendos de 197 milhões de euros.
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