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Estado ignorou avisos de “risco de fraude” na Caixa durante sete anos

Grupo MSF tinha em 2015 três créditos de risco identificados pela EY na auditoria à Caixa
Grupo MSF tinha em 2015 três créditos de risco identificados pela EY na auditoria à Caixa
João Carlos Santos

O Revisor Oficial de Contas da Caixa alertou, em 2007, para o risco de “fraudes ou erros” poderem ocorrer sem serem detetados devido às limitações do sistema de controlo interno do banco público. Alerta surgiu quando a administração da CGD era liderada por Carlos Santos Ferreira

O Estado português foi alertado para o risco de fraudes e erros na gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) pela primeira vez em 2007, mas os avisos não receberam a devida atenção e acompanhamento do supervisor e dos sucessivos governos até 2014, de acordo com os relatórios e contas do banco do Estado, avança o “Jornal Económico” esta sexta-feira.

O Revisor Oficial de Contas (ROC) da Caixa alertou, em 2007, para o risco de “fraudes ou erros” poderem ocorrer sem serem detetados devido às limitações do sistema de controlo interno (SCI) do banco público nas áreas de gestão de risco, compliance e auditoria interna.

Este alerta surgiu quando a administração da CGD era liderada por Carlos Santos Ferreira. Questionado pelo semanário a propósito desta situação, o ex-líder da Caixa recusou fazer qualquer comentário. Na época, recorde-se, o Governo era chefiado por José Sócrates e o Banco de Portugal tinha como responsável máximo Vítor Constâncio.

Apesar de instruções do ROC, em 2008, para reforço do SCI dos bancos, no final de 2015 permaneciam ainda falhas nos procedimentos internos que se traduziram num aumento grave da exposição da CGD ao risco, lembra o semanário.

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