Passados quase quatro anos da queda do grupo Espírito Santo, o Banco de Portugal (BdP) avançou com um processo contra-ordenacional à auditora KPMG, devido a irregularidades detectadas na inspecção das contas do Banco Espírito Santos e BES Angola, entre 2011 e 2014, revela o “Público” esta terça-feira.
Segundo o matutino, o BdP acusou, em março, a KPMG Portugal de não ter cumprido, em 2011 e 2012, com as normas de auditoria e de ter omitido, e em 2013 e 2014, as perdas identificadas na carteira de crédito do BESA, por sua vez, auditado pela KPMG Angola.
Porém, para a consultora este processo não faz sentido. Estão em causa duas empresas distintas, diz. Mais: havia informação pública a que o BdP podia aceder.
De acordo com a KPMG, as imparidades no BES Angola só foram do seu conhecimento depois de o Estado angolano ter dado uma garantia pública, legitimada pelo BdP, que protegeu o BES.
Até ao momento, ainda não houve condenações neste processo.
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