O fecho das escolas fez com que as salas de aula passassem para dentro de casa e essa transferência agravou ainda mais as desigualdades entre alunos. Porque na mochila que carregam não estão apenas livros, mas o peso das habilitações dos pais e dos recursos em casa que condicionam, e muito, o sucesso e a capacidade do estudo à distância. As consequências de um 3º período atípico e improvisado ainda estão por apurar, mas há marcas que vão ficar, avisa a investigadora.
O ano letivo mais complicado de que há memória terminou ontem. Que marcas vai deixar nos alunos?
Ainda é muito cedo para sabermos. Mas é certo que vão ser profundas, na medida em que o próprio conceito de escola foi interrompido. Uma escola sem alunos e sem professores cumpre mal a sua função. Não foram só as aulas presenciais que foram suspensas. Foram os processos de socialização — claro que agora existem outras vias, mas não replicam os contextos escolares — e toda a aprendizagem em torno do que é lidar com as diferenças, por exemplo.
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