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Presidenciais 2021

Tiago Mayan apela ao voto: “Domingo vai haver um vendaval liberal”

Tiago Mayan apela ao voto: “Domingo vai haver um vendaval liberal”
JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
Num comício de encerramento virtual, Tiago Mayan Gonçalves disse ter cumprido os objetivos da campanha, apesar das limitações da pandemia. Acusou o Presidente da República de “calculismo” por alinhar com o Governo, enquanto “colocava os portugueses contra os portugueses". E assumindo-se como a única alternativa “liberal” e “humanista” fez um último apelo ao voto, pegando no slogan da campanha: “Se votas igual, não esperes diferente”
Tiago Mayan apela ao voto: “Domingo vai haver um vendaval liberal”

Liliana Coelho

Jornalista

"Se for eleito, Marcelo arrisca-se a terminar o seu mandato como o presidente do País mais pobre da União Europeia. É essa a marca que não se importa de deixar para a história. Eu não quero essa herança", afirmou Tiago Mayan Gonçalves num comício online de encerramento da campanha.

Em jeito de balanço, o candidato liberal – que admitiu ter votado em Marcelo Rebelo de Sousa em 2016 – disse ter cumprido os objetivos da campanha, apesar das limitações impostas pela pandemia e voltou a atacar o seu principal adversário. Será "triste", sublinha, que seja reeleito aquele que é o"candidato dos donos disto tudo" e representa o "grande centrão de interesses", apresentando-se de novo como a alternativa da direita moderada.

"Nos últimos cinco anos, o Partido Socialista contou com um cúmplice de peso no caminho para o empobrecimento. O aliado foi Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente que alinhou nas narrativas socialistas, aderiu a pactos de silêncio, e na hora de escolher, escolheu sempre estar ao lado do Governo", insistiu.

Lembrando que entrou na corrida a Belém como um "cidadão comum", Tiago Mayan voltou a assumir-se como o candidato antissistema e manifestou-se satisfeito por tido oportunidade de divulgar a mensagem liberal e de desfazer alguns mitos, num "movimento que cresceu" e que para muitos foi "mesmo a grande surpresa" destas eleições.

"Entrei nesta corrida porque não podia deixar milhares de portugueses sem voz, não podia deixar este combate entregue a socialistas, extremistas e populistas. Mostrei que há um caminho diferente para quem não se revê no calculismo de Marcelo Rebelo de Sousa, não acredita nos projetos fracassados da esquerda e não aceita dar o seu voto a quem passou a campanha inteira a colocar portugueses contra portugueses", reforçou.

Ao fim de duas semanas – entre algumas ações de rua e vários debates online –, o candidato apoiado pela Iniciativa Liberal (IL) apresentou-se como a única alternativa “liberal” e “humanista” e fez um último apelo aos indecisos, pegando no slogan da campanha: “Se votas igual, não esperes diferente”.

Apesar das sondagens que lhe dão entre 1,5% 2% das intenções de voto, Tiago Mayan mostra-se confiante num bom resultado: "Domingo vai haver um vendaval liberal", atirou, Mas, para o advogado portuense, esta candidatura significa também uma vitória pessoal ao ter ultrapassado "obstáculos" e "complexos" na sua estreia no palco mediático.

"Não tenham medo. Se vos dizem: não podes fazer, não vais conseguir, deixa para os outros, não tens jeito... então é nesse momento que tens de insistir e provar que és capaz. Esta candidatura veio mostrar isso mesmo. Estou aqui, em primeiro lugar, para vos assegurar isso mesmo: tu és livre para seres aquilo que és", rematou.

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