Foi num dia 18 de janeiro, mas de 1934, que centenas de operários e trabalhadores se revoltaram contra as leis laborais do novo regime de Salazar. Apesar de a insurreição ter conseguido grande adesão na Marinha Grande, com os poucos meios de que os manifestantes dispunham e a repressão de que foram, imediatamente, alvo, a revolta acabou esmagada e os participantes condenados a largos anos de prisão. E foi a 18 de janeiro, mas de 2021, que Jerónimo de Sousa e João Ferreira (ao lado de Isabel Camarinha, líder da CGTP) voltaram à Marinha Grande, desta vez para homenagear “os que se levantaram contra o fascismo”, e aproveitar para desenhar um guião de combate aos novos “projetos antidemocráticos”.
O secretário-geral do PCP entrou na sessão, que teve uma lotação mais baixa do que aquela que a Direção-Geral de Saúde impôs, para dar o mote: foi Jerónimo quem se encarregou primeiro de recordar os “valorosos combatentes que nesse dia se levantaram contra o fascismo” e que acabaram por ser sentenciados, tudo somado, a mais de 250 anos de prisão, lançando mesmo assim “as sementes do futuro” que havia de conduzir à liberdade.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt