Há momentos em que os políticos conseguem olhar para um rótulo que lhes é colado e apropriar-se dele, para que passe a jogar a seu favor. Aconteceu, em parte, com a chamada “geringonça”, termo que era para ser pejorativo, usado primeiro por Vasco Pulido Valente (para se referir ao estado do PS, em 2014) e depois aplicado por Paulo Portas à solução de esquerda que nasceu em 2015: foram vários os protagonistas, no Bloco de Esquerda e no PS, que a rapidamente o aceitaram e passar a assumir-se membros da tal “geringonça”. E acontece agora com “o candidato da Constituição”, a denominação que começou a ser usada para João Ferreira, graças às suas constantes citações da lei fundamental da República, e que agora o próprio já utiliza, orgulhoso.
Foi esse o fio condutor de um domingo de campanha que se fez das mais diversas atividades: num momento de confinamento do país, embora ‘light’, João Ferreira continua na estrada e até soma iniciativas à sua agenda. Neste caso, as mais variadas: entre as 11h e as 19h, o candidato conseguiu cobrir os temas da Habitação, falar com trabalhadores dos centros comerciais, louvar a importância do movimento associativo popular, apontar para as consequências da pandemia na saúde mental dos mais novos e encontrar-se com jovens que apoiam a sua candidatura e a quem ofereceu… um exemplar da Constituição.
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