
Já não tem comícios, mas recusa confinar a candidatura ao partido: mensagem é de abertura
Já não tem comícios, mas recusa confinar a candidatura ao partido: mensagem é de abertura
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Quem entrasse no Coliseu do Porto poderia, num primeiro momento, pensar que tínhamos viajado no tempo e voltado à vida pré-pandémica: centenas de participantes entravam em fila e acomodavam-se nos lugares, para assistir a um comício. Com mais atenção ver-se-iam as máscaras postas, a separação entre lugares, os ‘postos’ de desinfeção em que João Ferreira e Jerónimo de Sousa passaram as mãos antes de subirem ao palco, no domingo, para marcar o arranque da campanha presidencial. Para o PCP, a vida não continuava como antes, mas os direitos políticos não podiam sair beliscados.
“Ainda foi possível fazer o comício no Porto, adaptado à última hora e com metade das pessoas, mas grande parte das iniciativas foram canceladas ou modificadas”, resume o candidato ao Expresso, em conversa na manhã desta quinta-feira. Os comunistas são criticados pelos adversários por, apesar de tudo, continuarem na estrada, mas Ferreira tem a resposta pronta: “É a própria realidade que demonstra a hipocrisia dessas críticas.” Por um lado, porque o confinamento não é “universal” e há quem não possa parar de trabalhar; por outro, porque é obrigação dos candidatos “esclarecer e mobilizar para o voto”. “Que não se diga que esta candidatura ignora a gravidade da situação. O que não entendemos é que a solução seja ficarmos fechados em casa.”
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