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Presidenciais 2021

Presidenciais: debates sem máscara

Presidenciais: debates sem máscara
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Segurar eleitores é o lema geral. Marcelo despiu o fato para bater Ventura. O debate à direita ficou mais claro. A convergência à esquerda também

Presidenciais: debates sem máscara

Ângela Silva

Jornalista

O debate mais esperado do primeiro round desta pré-campanha, em que a quase ausência de rua fez da TV o palco, aconteceu quarta-feira na SIC, teve uma audiência de fazer inveja ao futebol (quase dois milhões, somando a generalista ao cabo) e terminou com uma imagem que vale por mil palavras. À saída do estúdio, Ricardo Costa de máscara, André Ventura de máscara e Marcelo Rebelo de Sousa, o candidato que esteve horas suspenso de um isolamento profilático, a avançar sem máscara e de sorriso rasgado em conversa solta pelos corredores. É Ventura que o avisa e as imagens não enganam: Marcelo mete a mão no bolso e mascara-se. Um epílogo com simbolismo perfeito.

“Não vou despir o fato”, tinha anunciado o Presidente da República na sua primeira entrevista como recandidato, também na SIC. Mas quando o calor aperta há que dar o melhor e Marcelo foi para o ringue com o líder do Chega disposto a trocar o sobretudo pelas luvas de boxe. Preparou-se para estes debates à sua maneira — staff de Belém ao largo, ouviu meio mundo, passou horas ao telefone, leu e viu tudo, e ensaiou o registo killer para as questões que sabia mais difíceis (vá lá, ainda ninguém lhe falou de Ricardo Salgado).

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