Prémio Pessoa

“Surpresos, gratos, admirados e muitíssimos contentes”: vencedor do Prémio Pessoa reage no plural e em família

“Surpresos, gratos, admirados e muitíssimos contentes”: vencedor do Prémio Pessoa reage no plural e em família
Rui Duarte Silva

Estava a preparar-se para ver o jogo França-Marrocos quando recebeu a notícia de que era o vencedor do Prémio Pessoa 2022. O poeta e cirurgião plástico João Luís Barreto Guimarães tornou-se, esta quinta-feira, o 36.º galardoado deste prémio do Expresso, que tem o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos

“É muito surpreendente”, confessou João Luís Barreto Guimarães. Numa primeira reação ao facto de ter sido o escolhido pelo júri do Prémio Pessoa para ser o vencedor da edição deste ano, o médico e poeta não escondeu a satisfação - e a emoção – de ver o seu nome inscrito na longa lista de personalidades já distinguidas por este prémio atribuído a personalidades portugueses das artes, cultura ou ciência. “Conhecemos o Prémio Pessoa de há longa data e temos a noção das personalidades a quem foi atribuído e, subitamente, constatarmos que o nosso nome está lá - e ainda por cima numa disciplina como a da poesia - é muito surpreendente”, afirmou.

A utilização do plural não é por acaso. João Luís Barreto Guimarães estava em casa, em família e preparava-se para ver o jogo França-Marrocos, que decidiu o segundo finalista do Mundial do Qatar, quando o telefone tocou. Francisco Pinto Balsemão, presidente do júri e fundador do Prémio Pessoa, estava do outro lado da linha para comunicar a vitória. A família ficou a saber em primeira mão e, horas depois, Barreto Guimarães assumia que ainda estavam a “digerir a informação”. “Estamos supresos, gratos, admirados e muitíssimos contentes. Sem sequer prever em toda a sua dimensão as repercursões que um premio como este acarreta para um autor”, disse ao Expresso.

Na lista de poetas distinguidos, até agora, pelo Prémio Pessoa, constam nomes como os de Herberto Helder, Manuel Alegre e Vasco Graça Moura. Perante isto, Barreto Guimarães sente uma “grande sensação de humildade e de responsabilidade”. Mas o facto de o Prémio se chamar Pessoa – em referência a Fernando Pessoa – acrescenta um “significado imenso e extraordinário” ao novo galardoado. “Porque é, provavelmente, o poeta português - a par de Camões - mais conhecido e mais lido em todo o mundo. Ainda por cima, através do seu heterónimo Bernardo Soares, é uma das minhas grandes paixões e influências literárias”, disse o médico e poeta.

No valor de 60 mil euros, o Prémio Pessoa é uma iniciativa do jornal Expresso, que conta com o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos. Lançado em 1987 - ano em que foi distinguido o historiador José Mattoso – é, até hoje, o maior galardão atribuído a uma personalidade portuguesa, cuja obra, nesse mesmo ano, tenha alcançado particular destaque nos campos da Arte, Cultura, Literatura, Ciências ou Arquitetura. O júri deste ano é constituído por Francisco Pinto Balsemão (presidente), Paulo Macedo (vice-presidente), Ana Pinho, António Barreto, Clara Ferreira Alves, Diogo Lucena, Eduardo Souto de Moura, José Luís Porfírio, Maria Manuel Mota, Pedro Norton, Rui Magalhães Baião, Rui Vieira Nery e Viriato Soromenho-Marques.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: RLima@expresso.impresa.pt

Comentários

Assine e junte-se ao novo fórum de comentários

Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes

Já é Assinante?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate
+ Vistas