O responsável pela cozinha do restaurante Ocean foi um dos grandes premiados na cerimónia de entrega dos Prémios Boa Cama Boa Mesa e de apresentação do Prémio Nacional de Turismo, que juntou uma série de figuras do sector no edifício da Impresa para discutir o atual estado do turismo
"Por vezes os hotéis esquecem-se da parte estética de fazer um quarto muito bonito", garante Rodrigo Machaz. O problema é que “80% do tempo que o cliente passa no hotel é na cama.” Um dado curioso lançado pelo diretor geral da Memmo Hoteis para mostrar que o segredo de bem receber tem que estar em todos os pormenores.
A opinião foi lançada cerimónia de entrega dos Prémios Boa Cama Boa Mesa, que juntou uma série de figuras do sector no edifício do grupo Impresa, além de demonstrações culinárias que representam o que de melhor se faz na dormida e na comida em Portugal. O Guia Boa Cama Boa Mesa premiou um total de 61 restaurantes e alojamentos, entre galardões Garfo de Prata e Chave de Prata, bem como as Chave e Garfo de Ouro e Chave e Garfo de Platina. Entre os principais prémios, destaque para a vitória do austríaco Hans Neuner, do restaurante Ocean, na categoria de chef do ano, com o prémio Carreira a ser atribuído ao sommelier português , João Pires.
"Subir o nível" é o credo de sempre deixado pelo chairman da Impresa, Francisco Pinto Balsemão, na apresentação, com o ministro adjunto de Estado e da Economia, Pedro SIza Vieira, a falar de "uma peça importante no sucesso do nosso sector turístico." Já a proprietária da Burel Factory, garantiu que o objetivo é “construir experiências únicas”, sempre com o tecido tradicional na frente de todo o negócio. “Fazer algo no centro do país é muito diferente”, apontou.
Diferente é o que este país faz de melhor, na opinião do presidente do Turismo de Portugal, que mesmo com as mudanças estruturais dos últimos dois anos considera que “ainda há grande potencial de crescimento.” Trata-se de um sector que merece cada vez mais essencial para a economia e que agora é reconhecido também no Prémio Nacional de Turismo (projeto que pode conhecer melhor AQUI e AQUI), que junta Expresso, BPI e Deloitte para distinguir os melhores exemplos nacionais. No fundo, é uma forma de “valorizar os protagonistas”, apontou o administrador do BPI, José Pena do Amaral.
Sem esquecer que há um “risco muito grande saturação”, lembrou o publicitário João Wengorovius, que alertou para os perigos de deixar a oferta descaracterizar-se. Há que “melhorar a sustentabilidade”, aponta a sommelier do Ritz, Gabriela Marques, enquanto o chef executivo do Feitoria olhou para a necessidade haver mais “clientes fidelizados”, ou seja, que não venham a Portugal só uma vez.
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