Sondagens

Ventura reage a processo sobre sondagem divulgada pelo Chega: “Se querem perseguir pessoas e perseguir partidos, estejam à vontade”

Ventura reage a processo sobre sondagem divulgada pelo Chega: “Se querem perseguir pessoas e perseguir partidos, estejam à vontade”

Sondagem divulgada pelo Chega foi realizada por uma empresa brasileira não credenciada em Portugal e difundida nas redes sociais e no jornal do partido. André Ventura realça que Intercampus fez “recolha de campo”

André Ventura reagiu nesta sexta-feira à abertura de um processo de averiguação pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) a uma sondagem divulgada pelo Chega, realizada por uma empresa brasileira não credenciada em Portugal e difundida nas redes sociais e no jornal do partido, dizendo que “era o que faltava o Chega não poder referir-se” ao estudo.

“A recolha de campo, o que aumenta a sua credibilidade, foi feita pela Intercampus, que é uma empresa de sondagens credenciada”, defendeu André Ventura em declarações aos jornalistas, à margem de uma arruada em Almada. “A ERC se está chateada com o Chega ou está ao lado do PSD e do PS é um problema que a ERC tem de resolver, não é nosso. Se querem perseguir pessoas e perseguir partidos, estejam à vontade”, continuou.

O trabalho de campo do estudo foi desenvolvido pela empresa portuguesa Intercampus com o compromisso de não ser divulgada nos órgãos de comunicação social em Portugal, já que a brasileira Paraná Pesquisas não pode publicar sondagens por não estar credenciada. No entanto, o jornal do Chega, que está registado na ERC, divulgou o estudo.

Ventura referiu ter sabido na quinta-feira que a Intercampus “ia registar hoje [sexta-feira] essa sondagem na ERC”. “O problema é o Chega estar empatado com os outros. A sondagem não é nossa, está publicada na imprensa brasileira”, destacou ainda. “Não fazemos a menor ideia quem fez, quem pediu ou quem divulgou.”

O líder do Chega perguntou também se é “trabalho” do partido “ir ver quem fez” o estudo e foi questionado sobre se poderá ser penalizado pela situação. “Só se já entrámos num ponto de não retorno de liberdade que já não sei qual é, só se for isso”, respondeu.

“A ERC pode fazer os inquéritos que entender, está no direito de os fazer, e pode fazê-lo à empresa de sondagens, não ao Chega, a não ser que estejamos a caminhar para uma ditadura”, apontou.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: scbaptista@impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate