Política

Rio escreve tweet a ignorar regras do voto em mobilidade. “Desinformação”, acusa PS

Rio escreve tweet a ignorar regras do voto em mobilidade.  “Desinformação”, acusa PS

O líder do PSD escreveu um tweet a dizer que António Costa, ao votar em mobilidade no Porto, arranjava maneira de não votar nele próprio. Rio mostrou que não conhece como funciona esta modalidade e Pedro Delgado Alves acusou-o de confundir os eleitores

Rui Rio gosta de fazer ironia no Twitter, mas desta vez mostrou que parece desconhecer aquilo de que está a falar. Quando soube que o secretário-geral do PS ia usar o voto em mobilidade para exercer o seu direito antecipadamente, no Porto, no dia 23, o líder do PSD escreveu o seguinte tweet: “O Dr. António Costa arranjou uma forma airosa de evitar ter de fazer o que sabe que não é bom para Portugal; ter de votar nele próprio. Chapeau!” Rio partiu do princípio de que, votando no Porto, o voto de António Costa ia contar para aquele círculo eleitoral e não para Lisboa, onde o primeiro-ministro é cabeça de lista, mas o voto em mobilidade não funciona assim.

Quando um eleitor vota em mobilidade, portanto longe do seu círculo eleitoral, tem de introduzir o seu voto em dois envelopes: o de dentro protege a secreticidade do voto e o de fora serve para que o boletim seja enviado para o seu círculo eleitoral, para que o voto seja contado no respetivo círculo, como se o eleitor tivesse votado perto de casa (pode ler aqui as regras). Mas Rui Rio parece ignorar como funciona o voto em mobilidade, o que valeu a crítica imediata de um deputado do PS.

Pedro Delgado Alves, deputado socialista por Lisboa, reagiu de imediato ao post do líder do PSD, desafiando Rui Rio a “corrigir o tweet, para não espalhar desinformação e confusão juntos dos eleitores”. Daniel Oliveira, colunista do Expresso e parceiro de Delgado Alves no programa de comentário “Sem Moderação”, também comentou com ironia: “É importante ter deputados, como tu, a explicar ao cidadão mais distraído como isto funciona. Não é que tenha de saber estas coisas como se quisesse ser primeiro-ministro”.

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