
Num ciclo que antevê instável, Marcelo Rebelo de Sousa prefere PS e PSD a viabilizarem Governos minoritários um do outro
Num ciclo que antevê instável, Marcelo Rebelo de Sousa prefere PS e PSD a viabilizarem Governos minoritários um do outro
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Duas ‘bombas atómicas’ (dissoluções do Parlamento) em apenas dois anos não garantem ao Presidente da República que a alternância política funcione e que o Partido Socialista não continue a governar. Apesar de a maioria absoluta de António Costa ter sido decapitada após um terramoto judicial que abalou o coração do Governo, a convicção de Marcelo Rebelo de Sousa é que sem uma coligação pré-eleitoral que junte PSD, IL e CDS, é incerto que a alternância se cumpra.
A enorme fragmentação deste lado da barricada, o Chega a ultrapassar os 15% em sondagens e um caldo de degradação institucional que é vitamina para os mais radicais, levam o Presidente a não dar nada como certo. A não ser que, ganhe quem ganhar, serão pouco prováveis soluções estáveis, quer à direita quer à esquerda. Pelo contrário, Marcelo prepara-se para cenários de instabilidade governativa, os tais ‘miniciclos’ de que falou há um mês, quando (ainda sem crise aberta no Governo) perspetivou o que se seguiria ao atual ciclo governativo e presidencial.
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