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Marcelo entre as audições da CPI: "O prestígio das instituições é o mais importante. Tudo o resto depende disso"

Marcelo entre as audições da CPI: "O prestígio das instituições é o mais importante. Tudo o resto depende disso"
FILIPE AMORIM/Lusa

“É uma ilusão achar que se pode ser importante sem pagar um preço”, diz Marcelo. No dia em que João Galamba é ouvido no Parlamento, o Presidente da República reafirma critério que o levou a defender a saída do ministro

Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou a receção à seleção nacional de Andebol em Cadeira de Rodas para se referir ao momento que o Governo atravessa com os novos dados da comissão de inquérito à TAP e reafirmou o recado que o levou a considerar que o ministro João Galamba devia sair do Governo: “É uma ilusão achar que se pode ser importante sem pagar um preço, que se pode ter poder sem ter responsabilidade, isso não existe”.

Assumindo que tem “a deformação de um jurista”, que é “professor de direito” e “um institucionalista”, o Presidente voltou a demarcar-se da leitura feita pelo primeiro-ministro ao manter o ministro das Infraestruturas: “O prestígio das instituições é fundamental", afirmou, acrescentando que “É mesmo o mais importante”. E tudo o resto depende disso.

Atento aos bons ventos que as previsões económicas trouxeram ao Governo nos últimos dias, o Presidente ainda disse que o prestígio das instituições “é mais importante que as economias, as questões sociais, muito mais que as questões pessoais”.

Declarações curtas que retomam a tese que o levou a defender junto do chefe do Governo que o ministro das Infraestruturas deveria ter saído. Na altura, recorde-se, o Presidente acusou o Governo de falta de “confiabilidade, respeitabilidade, autoridade” pela forma como geriu os incidentes ocorridos no Ministério das Infraestruturas, que incluíram agressões, alegados roubos e recurso ao SIS cuja legalidade tem sido posta em causa. Para o Chefe de Estado, "a responsabilidade do Governo não foi assumida como devia ter sido”. António Costa discordou, invocou razões “de consciência” e não fez a vontade a Marcelo.

João Galamba é ouvido esta quinta-feira, na comissão parlamentar de inquérito, às 17h.

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