O autarca de Loures diz que se demite apesar da “descontextualização” das suas palavras e agradece a Pedro Nuno Santos a defesa do seu trabalho. Presidente da Câmara de Loures ficou fragilizado depois do artigo de opinião que António Costa assina esta quarta-feira no “Público"
Depois de vários dias debaixo de fogo cruzado e de ter ouvido o secretário-geral atribuir às suas declarações o rótulo de “mau momento”, Ricardo Leão demitiu-se da presidência da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL).
Numa nota enviada aos meios de comunicação social, Ricardo Leão diz que decidiu demitir-se para se “focar” no trabalho “na Câmara Municipal de Loures e prevenir que o Partido Socialista seja prejudicado por uma polémica criada pela descontextualização de uma recomendação aprovada por 64% dos Vereadores da Câmara Municipal de Loures”, escreve.
No mesmo texto, Ricardo Leão agradece a Pedro Nuno Santos: “Agradeço a defesa pública do meu trabalho autárquico que é feita pelo Secretário Geral do PS, Pedro Nuno Santos. Continuarei a trabalhar no exercício do meu mandato popular como Presidente da Câmara Municipal de Loures, como sempre empenhado na aplicação dos princípios do socialismo democrático e do humanismo que coloca as pessoas, em especial os mais desprotegidos, as mulheres e as crianças, no centro da ação política e das políticas públicas com direitos e deveres iguais para todos e todas”.
Por fim, conta ainda que se irá concentrar na sua recandidatura a Loures. “Focar-me-ei na recandidatura autárquica em Loures, ciente do importante trabalho que temos desenvolvido em prol de todos e de todas e que levaremos a sufrágio democrático nas próximas eleições autárquicas, confiantes de que o mesmo será favoravelmente avaliado pelo Povo de Loures”.
Ricardo Leão sai assim da cúpula do órgão máximo do partido na região de Lisboa, a qual conquistou nas últimas eleições internas numa lista única com 97% dos votos.
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