Primeiro-ministro repete que, se o Governo cair, é porque houve “bloqueio governativo”. Ainda que fale num mandato a quatro anos, o discurso é de desafio à oposição para as negociações que se seguem do Orçamento do Estado. “Não vamos desvirtuar o nosso programa”
João Diogo Correia, em Estocolmo
Jornalista
Mesmo quando garante, uma e outra vez, que a legislatura é para cumprir até ao fim, Luís Montenegro adota o tom de desafio à oposição: se o Governo cair e o país for para eleições antecipadas, o primeiro-ministro acredita que tem o povo com ele. “Não sou dono da verdade, é apenas a minha convicção feita dos contactos que mantenho diariamente.” E ‘povo’ é a palavra adequada, já que Montenegro não deixa de atirar aos comentadores, à bolha, à “política da conversa”, por oposição à política de quem “quer resolver os problemas das pessoas”.
“A minha convicção”, avisou o primeiro-ministro este domingo, no encerramento da Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, “é que, neste momento, o país está com o Governo. O que não sabemos é se a oposição vai estar com o país”.
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