Jornadas do PCP arrancam com críticas à UE e avisos sobre o aeroporto: "É mesmo preciso avançar"

A proximidade às eleições europeias levou o PCP a optar por umas Jornadas Parlamentares “diferentes” que juntam os deputados à Assembleia da República aos eurodeputados comunistas. Com a praia de Sesimbra como fundo, Paulo Raimundo atirou à Política Agrícola Comum e à política comum das pescas por “forçar” o país a “destruir parte significativa da sua frota pesqueira” e a “importar pescado da própria costa”. O líder comunista responsabilizou as “ordens e diretivas da União Europeia (UE)” pela “profunda destruição do aparelho produtivo” da região da Península de Setúbal. Para “enfrentar as imposições da UE”, Paulo Raimundo conta que o cabeça de lista pelo PCP às eleições europeias consiga manter, pelo menos, um dos dois lugares que têm em Bruxelas. João Oliveira ouviu as palavras de encorajamento, mas deixou a resposta para os dias de campanha.

Na única intervenção nas Jornadas Parlamentares, o secretário-geral do PCP comentou também assuntos nacionais. Menos de uma semana depois do Governo ter aprovado a localização do novo aeroporto de Lisboa, Paulo Raimundo aproveitou para pressionar o executivo de Luís Montenegro a concretizar a promessa. “As populações não aceitariam que o novo aeroporto se viesse a reduzir em mais um anúncio para o país e mais uns milhões de lucros para a Vinci”, atirou no discurso da sessão de abertura das Jornadas, esta segunda-feira, dia 20. E acrescentou: “é preciso mesmo avançar para a construção faseada do aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete”. Além disso, o PCP defendeu a rápida construção da terceira travessia sobre o Tejo, a rodoferroviária e a Alta Velocidade Ferroviária.