A três meses das eleições, o projeto governativo do Chega está em marcha: “Temos de refletir sobre como podemos alcançar o poder, o que fazer com o poder quando o alcançarmos e sobretudo como o podemos manter”, explicou Rita Matias, a mais jovem deputada da Assembleia da República, aos seus colegas de bancada e outros militantes a participar nas jornadas parlamentares do partido, em Matosinhos.
A deputada recuperou o nome de Herbert Marcuse, sociólogo alemão da escola de Frankfurt, para dar pistas sobre os passos que o Chega tem de dar até às eleições legislativas, a 10 de março: uma “marcha lenta para entrar no sistema e mudá-lo por dentro.” “Para combater as instituições democráticas é preciso trabalhar nas próprias instituições”, afirmou Matias.
E as atuais instituições democráticas precisam ser alteradas, garantiu a deputada, dando o exemplo do “cordão sanitário” que o Chega tem sofrido nos últimos anos por parte dos restantes partidos com assento parlamentar. “Apresentamos 383 iniciativas em dois anos e nenhuma foi aprovada por mero preconceito ideológico do PS e dos seus parceiros estratégicos”, garantiu.
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