Líder do CDS diz que há uma “lição” a tirar da crise política açoriana e acusa Chega e Iniciativa Liberal de não serem parceiros confiáveis
Pegou no partido sem deputados na Assembleia da República e acredita que o CDS se vai voltar a sentar em São Bento. Em entrevista ao Expresso, Nuno Melo mostra vontade de fazer uma aliança com o PSD, mas está convencido de que consegue eleger em listas próprias. Recusa falar do Chega e atira à pouca fiabilidade da IL por terem votado contra o orçamento dos Açores.
Como é que foi possível sentar Paulo Portas e Manuel Monteiro à mesma mesa?
Garantindo que as pessoas falam uma com a outra. São pessoas adultas, inteligentes, que entenderam que fazia sentido que assim fosse. Só se cresce juntando, não fracionando - tive isso muito nítido desde o primeiro dia: que este caminho muito difícil só seria possível juntando pessoas, falando para fora e sobre o país, não em ajustes de contas.
Esta semana juntou muitas pessoas na sede do CDS. Ex-líderes, ex-ministros, ex-deputados, gente que saiu do partido e parece estar a voltar. Essas pessoas estão disponíveis só para ajudar o CDS a definir estratégia ou são pessoas que podem estar disponíveis para serem candidatos a deputados ou a integrar um governo?
A política portuguesa, infelizmente, mostra-nos um défice de qualidade nos principais protagonistas. Quadros com experiência e com qualidade é o que o CDS tem em abundância e o que o partido tem conseguido é mobilizar as estruturas, os simpatizantes e os militantes. tenho percebido, dando a volta aos país, que as salas se enchem como não acontecia nos nossos melhores momentos. O sinal que quisemos dar esta semana ao país é de que as pessoas podem pensar de forma diferente, mas neste momento devolver este partido à Assembleia da República é uma missão de uma vida que pode ser de todos os que querem. Grande parte destas pessoas estarão disponíveis para o que lhes seja pedido, sendo que o contributo não tem de passar apenas pela presença em listas de deputados.
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