O arranque da reunião no luxuoso Convento do Beato, em Lisboa, do grupo Identidade e Democracia (ID), que junta partidos da direita radical e populista no Parlamento Europeu - incluindo a francesa Marine Le Pen e o alemão Tino Chrupalla, da AfD - foi uma litania anti-europeia, anti-imigração, anti-ambientalista e anti-globalista, por uma Europa de nações culturalmente puras, contra os burocratas não eleitos de Bruxelas e a favor de um continente-castelo à prova de imigrantes.
Objetivo? Ter um grande resultado nas eleições Europeias de junho, para combater a União Europeia por dentro: “Para os patriotas que somos, não é um adversário secundário, mas é um adversário prioritário”, disse Le Pen.
O anfitrião André Ventura, a quem coube a abertura dos trabalhos, fez um discurso a realçar o “momento histórico” de crescimento dos partidos populistas em quase todos os países europeus, algo inimaginável “há 40 anos, há 20 anos ou há dez anos”, isto na semana em que Geert Wilders venceu as eleições nos Países Baixos - na mesma altura que em França e na Alemanha chegam a liderar sondagens.
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