
Com chumbo garantido, moção de censura do Chega ao Governo é debatida no Parlamento esta terça-feira. PSD desvaloriza e mantém estratégia: ignorar Ventura e aproximar-se do centro
Com chumbo garantido, moção de censura do Chega ao Governo é debatida no Parlamento esta terça-feira. PSD desvaloriza e mantém estratégia: ignorar Ventura e aproximar-se do centro
Jornalista
A proposta de André Ventura juntava dois problemas fortes da atualidade: habitação e impostos. “O Chega vai propor a criação de uma contribuição extraordinária sobre a banca”, afirmou, terça-feira passada na Assembleia da República, o líder do Chega para depois explicar que a medida se destinava a aplicar parte da receita em apoios à subida do crédito à habitação. Ato contínuo, pressionou PSD e o seu líder “a tomar uma posição sobre o assunto”.
Então questionado pelo Expresso sobre o apoio à iniciativa, Luís Montenegro utilizou a estratégia que já vai sendo habitual: ignorar. “As propostas do PSD [para a habitação] foram apresentadas no dia 14 de fevereiro de 2023”, respondeu o líder social-democrata, antes de rematar: “Há muito tempo que sabemos o que queremos para a habitação.”
Menos de uma semana depois, no parlamento discute-se esta terça-feira a moção de censura apresentada pelo Chega e no PSD a estratégia é mesma. Montenegro apelidou a iniciativa do Chega de “criancice” e anunciou a abstenção da maior bancada da oposição ao governo.
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